sábado, 30 de dezembro de 2017

PÉGUY E JOANA D'ARC

“Péguy, filho de rude empalhadeira de cadeiras, era bem um homem do povo. Provinha dessa raça francesa que ama trabalhar nos trigais, que ama cantar na alegria da vindima e que preza acima de tudo a doçura do espírito, que nenhum grilhão pode acorrentar, porque o espírito sopra onde quer. De um modo igual, Joana d'Arc, que não aprendeu a ler, era visceralmente uma camponesa de França, a moça do povo, que trazia um chapéu e um cajado de pastora, e depois conduziu exércitos e venceu batalhas, desafrontando a honra da pátria. Era, pois, compreensível que Péguy se apaixonasse pela vida e pela obra da virgem guerreira”. 
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Melo CANÇADO. Presença de Péguy, Revista Brasileira, n. 18, 1946, p. 15.

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