“Péguy, filho
de rude empalhadeira de cadeiras, era bem um homem do povo. Provinha dessa raça
francesa que ama trabalhar nos trigais, que ama cantar na alegria da vindima e
que preza acima de tudo a doçura do espírito, que nenhum grilhão pode
acorrentar, porque o espírito sopra onde quer. De um modo igual, Joana d'Arc,
que não aprendeu a ler, era visceralmente uma camponesa de França, a moça do
povo, que trazia um chapéu e um cajado de pastora, e depois conduziu exércitos
e venceu batalhas, desafrontando a honra da pátria. Era, pois, compreensível
que Péguy se apaixonasse pela vida e pela obra da virgem guerreira”.
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Melo CANÇADO.
Presença de Péguy, Revista Brasileira, n. 18, 1946, p. 15.
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