“O
utilitarismo designa uma civilização baseada em produzir e desfrutar; uma
civilização das coisas e não das pessoas; uma civilização em que as pessoas
usam umas às outras como se fossem coisas. No contexto da civilização do prazer
a mulher é um objeto para o homem, os filhos um obstáculo para os pais e a
família uma instituição que dificulta a liberdade de seus membros. Para
convencer-se disso, basta examinar certos programas de Educação Sexual introduzidos
nas escolas, geralmente contra a vontade e sob os protestos de muitos pais; ou
ainda as correntes abortistas, que em vão tratam de esconder-se atrás do
“direito de decidir” de ambos os esposos, e particularmente da mulher. Estes
são apenas dois exemplos dos muitos que poderiam ser trazidos à colação. É
evidente que em semelhante situação cultural a família não pode deixar de se
sentir ameaçada, uma vez que espreitada em seus próprios fundamentos. O que é
contrário à civilização do amor é contrário a toda a verdade sobre o homem e é
uma ameaça para ele; não o permite encontrar a si mesmo nem se sentir seguro
como esposo, como pai, como filho”.
*****
Victorino
RODRIGUEZ O.P. Año de la família, Revista Verbo (Madri, Espanha) n. 327-328,
1994, p. 697.
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