“Eu crescia
na casa espessa, e era minha avó que cuidava de mim. Que me vestia, me dava de
comer, e ralhava quando era preciso. Mamãe não tinha tempo, dia e noite
empalhando cadeira... Era vovó que me contava histórias... Eu gostava das
histórias encantadas, mas receava um pouco que elas não fossem verdadeiras. Um
dia minha avó contou-me a história da sua infância e mocidade, e eu me senti
então muito feliz. Pois era uma história longínqua e uma história verdadeira.
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Charles
PÉGUY. Excerto publicado na Revista A Ordem, 1955, n. 01.
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