Luce Quenette (1904-1977)*
Em
toda sociedade civilizada, há um constante apelo à honra, o que
naturalmente provoca sentimento de culpa nos que violam suas leis e usos.
Alguém dirá que uma tal sociedade engendra a hipocrisia. Pois bem! Quando a
virtude e a decência são honradas, o homem perverso não tem outro recurso, se
não quiser converter-se, que o de dissimular, fingindo virtude. E finge tão
mal, que as pessoas honestas chamam-no hipócrita. Mas, “a hipocrisia é uma
homenagem que o vício presta à virtude”. A decência e a virtude não lhe servem
de causa,
mas de ocasião.
A honra a que elas têm direito e que lhes prestamos é ocasião de inveja,
dissimulação, astúcia e furto. Ora, toda lei justa, a começar pelos Dez
Mandamentos, é ocasião de pecado para o coração concupiscente. A lei protege o
fariseu, evidentemente. Poder-se-ia dizer que a lei é má, como fala São Paulo?
Longe disto. Ela é boa. Mas por si mesma, sem a graça de Jesus Cristo, não pode
nada. Toda organização da sociedade cristã está aí. É preciso que Ele reine.
A cura de toda
hipocrisia e de todo cinismo é o conhecimento da lei em estado de graça.
* * *
Quem vos fala é
uma mãe. Ela leva a Péraudière seu
filho mais velho, de cinco anos e meio. Com coragem, seu marido e ela percebem
o rosto ligeiramente angustiado do pequeno João, que nunca deixara o doce lar:
“Nós
o teríamos colocado no Sacré-Coeur, com os jesuítas, bem próximo de nossa casa,
mas soubemos que nas turmas da 10a. série, sim, no Sacré-Coeur (!),
havia lições de iniciação sexual, e com imagens. Foi uma mãe que nos disse
isso. Ela tinha acabado de levar seu filhinho para a entrada do colégio. Disse
a ela: “a senhora precisa tirá-lo de lá, não pode deixar que se
cometa este atentado.” Ela
suspirou: “Que posso fazer? Isso agora é permitido”. Horrorizada, interroguei outros
pais na mesma situação e cheguei a esta terrível conclusão: não somente eles o
admitiam, mas SE JUSTIFICAVAM, pensando que estavam legitimamente dispensados
de dar aos filhos uma iniciação que os embaraçava; eles calavam sua repugnância
com o slogan criminoso: você sabe, hoje em dia, é um pouco mais cedo ou um
pouco mais tarde!”
* * *
Eis um pequeno
idoso (de um ano de idade) que foi, antes do mais, insuportável e que, de volta
das férias, mantinha-se ereto, com um aspeto respeitoso e altivo entre o pai e
a mãe. Eu sentia, no entanto, que aquilo era demais. A mãe fez com que o filho
fosse dar uma volta e me disse que, durante as férias, a criança fora terrível.
“Bom, disse eu, é preciso chamá-lo e dizer tudo na frente dele.” É o que eu
faço. Meu filho abaixa a cabeça, confuso, envergonhado, arrependido. A mãe,
tímida: “Sabe, filho, não é para te machucar nem te fazer sofrer que dizemos
essas coisas.” — “Mas sim, Madame, é para fazer sofrer, para machucar seu
coração, que ama a mamãe, para que ele se arrependa e que, nas próximas férias,
vocês tenham um filho carinhoso. Ele entende muito bem e sabe que estamos
certos.” Dois olhares: Alan eleva os olhos, que oferecem seu acordo e
humildade. Por sua vez, o olhar bom da mãe é de espanto e admiração. Quanto ao
pai (pois há ainda sua opinião), este se inclina perto da mãe e diz, contente:
“Viste, bem que te avisei!”
Que estes amigos
encantadores perdoem-me de mostrar, por meio deles, na alma do educador e do
filho deles, a passagem de uma correção derrisória, conforme a moda, à nobre
beleza da justiça cristã.
* * *
É espantoso o
zelo com que as crianças cristãs recebem o apelo doutrinal à conversão. Seu
coração, preparado pelo batismo e pela fé de seus pais, instintivamente repugna
à justificação conforme o mundo. Claro, uma criança mimada se compraz, em seu
egoísmo e sensualidade, de ser “compreendida” e
não “repreendida”.
Serve-se gulosa e insolentemente das falsas desculpas e explicações que lhes
oferecem para seus pecados. Mas isso a enerva, a excita, e não a acalma. Os
grandes ingênuos que “compreendem” sua gulodice, sua preguiça, sua tirania, ele
os despreza e explora. Mas, se os pais são cristãos, se estão resolvidos a
preservar a alma de suas crianças, custe o que custar, ainda que lhes faltem
algumas luzes e, por conseguinte, o savoir-faire,
nada estará perdido. Nós vemos isso claramente. O pequeno novato entra na Péraudière convencido
de que é preciso fugir do mal que o assediou, que respirou e que cometeu nas
más escolas; ele sabe que vai aprender a servir a Deus segundo a Tradição e que
é por isso que seus pais se separaram dele. A disposição fundamental é justa.
Então, convém, o
quanto antes, após alguns dias em que se terá experimentado a afeição e a
solicitude, levá-lo à conversão.
O que eu disse aqui é fruto da experiência dentro de uma escola, em busca de
nosso fim essencial; isso, eu digo para todos os fundadores de escola e para
todas as famílias.
Graças a Deus e a
pais santos, as crianças já entram na escola convertidos. Mas, para tantos
outros, a reeducação da alma, afetada pela terrível psicologia que justifica o
mal, deve começar pela conversão. Resumirei isso tudo com a seguinte e
surpreendente declaração de uma criança de dez anos, que guardo comigo há
muitos anos, como a fórmula mesma da conversão do coração: “Pareceu-me, de
repente, disse-me esta criança, que Deus me dizia: Olha para tua vida! Daí,
enxerguei todos os meus pecados, quis que eu nunca voltasse a cometê-los e fui
para o confessionário.”
Eis o ponto de
partida, todo resto é vão: as exortações para se dedicar, para agradar àqueles
que o amam etc, etc, tudo é vão, antes.
Olha, meu filho,
e vê, à luz das lições do catecismo, da lição sobre o pecado, dos novíssimos, do
exame de consciência seguindo os mandamentos, à luz da Paixão e Morte de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Olha, minha criança, olha para tua vida! A criança
volta-se para si mesma, se entristece na contrição e examina seus pecados
cuidadosamente, com uma seriedade que nos faz repetir para nós mesmos: “Se não
fores semelhantes a um desses pequeninos!” E finalmente, com confiança e humildade,
se entrega ao Tribunal da Penitência.
Bendito o padre,
ministro fiel de Jesus, que recebe com respeito e atenção este retorno do filho pródigo! Digo
mesmo “retorno do filho pródigo” porque sei que, mesmo entre pessoas piedosas,
que se dizem fiéis e tradicionalistas, ainda reina o instinto estúpido de não
levar a sério as faltas de uma criança, de sorrir de sua gravidade, de não dar
importância a seu arrependimento pela maneira pueril de a acolher.
Muitos educadores
me acusam de dar muita importância a esta reviravolta na alma de uma criança,
de levá-la mesmo às raias do escrúpulo e, porque não, de ser jansenista…
Julga-se a árvore
pelos seus frutos: a criança convertida sai do Tribunal da Penitência radiante,
banhada pela misericórdia, começando uma nova vida; ela corre para diante do
Tabernáculo, reza sua penitência com os mesmos sentimentos de Joinville ao
partir para a cruzada.
É preciso saber
que tudo que se subtrai da gravidade do pecado por meio de um freudismo
disfarçado, subtrai-se da misericórdia de Deus e da dignidade livre do animal
racional.
Após este banho
salutar de penitência, a criança convertida não está ao abrigo das tentações;
contudo, a experiência permite dizer que elas são bem menos freqüentes e que
“dão menos vontade”. A Santa Virgem esmaga a cabeça da serpente, sobretudo se
temos o hábito do recurso filial e contínuo à sua Santa Maternidade, através do
terço cotidiano e da invocação repetida.
A criança
convertida é mais
calma, mais feliz; possui “esta moderação das pessoas felizes” da
qual fala La Rochefoucauld. Ficam mais espaçadas as cóleras de criança mimada e
sem vida interior, que se revoltava à privação de um prazer ou à perspectiva de
um esforço.
A criança
convertida é mais
inteligente. O nível intelectual das crianças saídas das escolas de
hoje é lamentável. Na verdade, as classes atuais não fazem mais pensar.
As novas matemáticas ajudariam a preencher este vazio, se a inacreditável
preguiça não o impedisse. Ora, a conversão opera o mais profundo movimento das
faculdades espirituais. A graça exige da alma no que toca a inteligência,
intuição, lucidez, atenção; no que toca a vontade, humildade, resolução,
execução, além do sábio governo da sensibilidade.
É possível
mensurar de quantos bens naturais e sobrenaturais estão privadas as crianças de
hoje, por obra de uma heresia que as submete a vigílias de penitência e à
sacrílegas absolvições coletivas, sem confissão de pecados?
* * *
É preciso que os
pais católicos estejam convencidos da necessidade sobrenatural da penitência e
da conversão; e que, nesta perspectiva (de guardar as crianças na fé de Jesus
Cristo, quer dizer, em estado de graça), eles tornem-se severos.
Outro fruto da
experiência: as crianças convertidas têm orgulho de ter pais severos. Isso é
evidente: a criança contestadora se insurge contra toda proibição, pois
despreza a lei e aqueles que a anunciam. A criança cristã honra a autoridade,
que a quer em paz com o Céu.
Isso é evidente,
comprovado.
Recebi, em meados
de setembro, duas cartas de dois irmãos terríveis, briguentos, mas convertidos.
Ei-las: “No final destas férias, tornamo-nos insuportáveis de novo. Mas nossos pais agiram bem:
brigaram conosco e nos puniram como merecíamos.”
Esta é uma
apreciação de espíritos livres e clarividentes, sem sombra de insolência, mas
profundamente satisfeitos da ordem justa das coisas.
Mais um fato,
dentre os muitos do ano passado: explicávamos, no catecismo, o quarto
mandamento; quatro meninos, de seis a oito anos, enxugavam a louça; criam-se a
sós; mas, enquanto isso, uma senhorita corrigia seus cadernos numa sala
vizinha, cuja porta estava aberta. Estes são os mais velhos, que tem o hábito
de lavar a louça em paz e conscienciosamente.
A conversa a sós
estava bem animada:
Roberto: tua mãe te dá muita bronca?
Carlos: Ah sim, e me castiga mais que às meninas.
Roberto: Por quê?
Carlos (sem modéstia): Porque as meninas fazem
menos besteiras do que os meninos (ele tem três irmãzinhas).
João: E quando tua mãe te castiga, ela te bate?
Carlos: Antes ela me explica, sempre, e depois que
eu entendo, ela bate bem forte. Aí, então, tomo juízo.
Roberto: Quem me bate é o papai. Ele pega um couro e
bate bem forte. E o teu pai, ele é duro contigo?
Carlos: Menos que a mamãe, porque ele quase sempre
está fora. Mas mamãe conta para ele.
João: Meu pai começou a dar bronca há pouco;
desde que estou na Péraudière,
ele dá muito mais bronca.
O quarto menino
não disse nada. E você, que teu pai e tua mãe fazem?
Paulo, (envergonhado e, mesmo assim, tentando se
gabar): Mamãe se zanga e meu pai também.
João: Mas eles te castigam?
Paulo: Eles dizem que isso certamente vai
acontecer.
João: Então, fala para eles… Explica como se faz.
* * *
Alguém dirá: “Mas
você não tem o direito de ‘julgar’ a culpa de ninguém”. Compreendamos: eu
certamente não tenho o direito de julgar o seu grau de culpa e de
responsabilidade. Não tenho este direito porque não tenho como exercê-lo. Não
enxergamos o interior dos corações. Só Deus julga. Mas tenho o dever de julgar
a espécie moral do
ato. Dever inscrito na economia mesma da Lei: não matarás; não atentarás contra a
castidade; não
tomarás o bem alheio. Isto evidentemente significa que o homicídio,
o adultério e o roubo são crimes e que aquele que os comete é culpado, é
pecador.
A Caridade, a
verdadeira, está em preveni-los disso; o que significa, em conformidade com a
justa e familiar expressão, “fazer com que se sintam culpados”.
O sentimento de
culpa, que é uma emoção, tal qual o pudor no inocente, é advertência e
prevenção. É a ressonância na sensibilidade dos ditames da consciência; a culpa
é a vingança da honra, a vitória da justiça, da justiça de Deus e de uma
sociedade que reconhece o valor absoluto do Bem.
Bendita e
terrível culpa, colada ao dogma do pecado original: tiveram vergonha e se
ocultaram. “E o
Senhor Deus chamou por Adão, e disse-lhe: Onde estás?”. O inimigo
da Salvação enganou-os mortalmente:
“sereis como deuses”
A terrível e austera ironia do Todo-Poderoso faz crescer a culpa, torna-a
aguda, cortante, até que os humilhe e mortifique: “Eis que Adão se tornou como um de nós!”
A alma
envergonhada experimenta a feiura e o ridículo do pecado. Então, ela escuta a
promessa de um Redentor.
Açular o vício
atacando o sentimento de culpa, não é caridade, mas crueldade satânica.
Face à
Onipotência de Deus, à morte, ao inferno, ao amor de Nosso Senhor, à clareza
dos seus mandamentos e da Cruz, confesso: sim, isto eu fiz. Em verdade, digo
que fui insensato. Eu me levantarei e irei ao meu Pai.
Demonstrar, pela
razão e pela fé, a loucura do pecado à criança, após o ter meditado e vivido
por si mesmo, é fortalecer seu coração e defendê-lo contra Satã; é despertar,
ressuscitar de algum modo a inteligência; é incendiar de amor sua vontade e
enchê-la de força para todo o sempre, quaisquer que sejam as quedas possíveis.
Mas, ao
contrário, “compreender”
o pecado, pretender justificá-lo, é desarmar e desesperar (porque é
enganar) a natureza livre resgatada por Jesus Cristo.
“Fatal”,
“inevitável”, “renovador”, “enriquecedor”, — o pecado compreendido desta
forma escapa à Redenção, e nos conduz ao inferno; o pecado, assim travestido,
tornar-se-á inconsolável, inexpiável, irremissível.
* * *
Se compreender o
ato pecaminoso é enfatizar as circunstâncias
atenuantes, o melhor é recorrer à própria doutrina da Redenção. Aí,
a psicologia há de encontrar tudo que é preciso.
O catecismo nos
ensina que o pecado do anjo é irremissível, porque o anjo, puro espírito, vê
diretamente, sem o véu da carne, a obrigação absoluta do serviço de Deus.
Quando este diz: “Non
serviam”, sua clarividência é completa, assim como seu
consentimento; daí, precipita-se no inferno.
O homem, feito de
corpo e alma, vê o Bem e a obrigação do serviço de Deus, mas sob os véus dos
seus sentidos, aos quais falam as coisas sensíveis. O fruto proibido não era,
para o homem, apenas proibido, mas “bom
para comer e formoso aos olhos”. A mulher escuta a serpente e o
fruto proibido é, em seguida, apresentado por Eva à Adão, que é fraco e
complacente com relação à Eva.
Deus pode
condená-lo e precipitá-lo no inferno; mas Ele condescende, porque o homem fora
induzido pela fraqueza da carne, prometendo-lhe um Salvador após o seu
arrependimento.
Mas o ato do
pecado em si, em sua malicia essencial, é absurdo e incompreensível. É o
mistério da iniqüidade em cada consciência. Preferir a criatura à Vontade do
Criador, o prazer à eternidade da alegria, sublevar-se contra o amor de Nosso
Senhor e recusar-Lhe submissão e obediência quando a razão e a fé gritam sua
necessidade, isto, em si, no ato mesmo, é algo que não se pode compreender, é
algo de incompreensível, e tão errado quando mau.
Daí ser preciso,
para a conversão, contemplar, se assim podemos dizer, o absurdo do pecado e,
depois de haver compreendido suas
tristes circunstâncias (a fraqueza da carne, a cegueira da razão, a tibieza da
fé), compreender também que tudo
isso não explica a malicia intrínseca deste consentimento
interior ao mal.
Neste ponto, o
catecismo é esclarecedor. Para que haja pecado mortal, é preciso que haja:
1) matéria grave;
2) plena
consciência;
3) pleno
consentimento.
Isto é demonstrar
o absurdo do pecado, em sua própria natureza; ora, um dos motivos mais eficazes
de conversão, e que assegura a sua solidez, é a consideração do absurdo do
pecado.
* * *
Muitas mães se
preocupam com o catecismo. Querem encontrar catequistas, mas não pensam em
ensinar o catecismo elas mesmas. Ficamos estarrecidos de ver tantas mães em tal
situação. A mãe, a irmã ou o irmão mais velho e, porque não, o pai, os avós
devem ser ou tornar-se capazes, o mais rápido possível, de ensinar em casa a doutrina
cristã que receberam.
É
preciso estudar. É
um dever estrito, uma obrigação pela qual prestaremos contas no Tribunal de
Deus.
Fiquei surpresa,
no retorno às aulas, ao constatar que alguns destes pequeninos (6, 7 anos de
idades) não sabiam o pelo-sinal, que os meninos maiores ignoravam o Pai Nosso e
a Ave Maria em latim, ou responder o Angelus em latim.
Como é fácil
remediar isso tudo!
Pacientemente
repetimos que é preciso trabalhar o catecismo de São Pio X todo dia, o
qual deve ser
procurado, além do Catecismo do Padre Emmanuel (Catecismo da Família Cristã), sobre o
qual Jean Madiran escreveu: “Se tiverem outros catecismos, este não será
redundante. Se preferirem ter apenas um livro de catecismo, é este que
recomendamos. É útil para a família inteira, em família; serve aos grandes e aos
pequenos, aos pais e aos filhos.”
Mãos
à obra! todo dia! A
Santa Virgem abençoará esta meia hora arrancada, na busca do Céu, das ocupações
da terra. As graças atuais serão dadas à professora materna, junto com os
frutos da luz e da paz no coração dos pequenos.
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*Luce Quenette dedicou toda a sua vida à
educação cristã de crianças e jovens. Nasceu em 1904 em Saint-Etienne em uma
família com fé forte e profunda. Após profundos estudos na faculdade católica
de Lyon em 1928, ela se entregou com dedicação incansável à educação católica
gratuita até sua morte em 1977.
Duas escolas são hoje testemunhas de
sua ação: a escola Péraudière em Montrottier, no Ródano, e a
escola Sainte-Anne de Providence, na Sabóia.
Luce Quenette escreveu extensivamente
sobre temas de educação e religião, quer para a revista Itinéraires,
quer para a revista de comunicação com pais de alunos, a Carta da Péraudière.