"Nem
sequer os próprios membros da família suspeitam que nesse círculo, tão pequeno
e frequentemente tão despretencioso, se encerra a felicidade e a paz e que nele
se encontra a raiz da nação, do Estado e de toda a humanidade. Representa por
isso a maior riqueza de todo o mundo. Basta a decadência da família para que se
gerem autênticas e terríveis revoluções, e quando se apaga o fogo sagrado do
lar, a humanidade precipita-se nas mais profundas trevas da barbárie, ao
anularem-se os mais firmes fundamentos da vida. Ainda que mudem os governos e
se afundem os tronos e desapareçam as culturas, a família permanece incomovível
através dos tempos. Todas as forças negativas que existiram ao longo da
História encontraram a sua origem, em maior ou menor grau, na decomposição da
família. Por outro lado, basta uma só família, ainda que não esteja
excessivamente bem constituída, para haver uma poderosa força de unidade
social. É sempre ela que defende o direito e os bons costumes e transmite a
herança dos antepassados às gerações vindouras".
*****
Cardeal
MINDSZENTY. A Mãe, 2ª ed., Lisboa: Aster, pp. 43-48.
Nenhum comentário:
Postar um comentário