terça-feira, 2 de janeiro de 2018

REZAR NO BOSQUE

“Sem embargo, quase todos os dias, visitasse ou não as famílias do lugarejo, fazia pela tarde uma pequena excursão pela campina. Se aproveitava também dela para orar, elevando o coração a Deus e rezando o breviário. Procurava sempre dizer alguma palavra aos que trabalhavam nos campos, e com o rosário na mão, embrenhava-se nas tortuosas veredas que cruzava por entre as espessuras de tílias. Sua alma mística estava faminta de solidão e paz. No meio daquela encantadora natureza, seu peito, acostumado aos puros eflúvios das brisas, dilatava-se como lhe aprazia. Ah! Fazia bem em desfrutar; aproximava-se o tempo em que não teria nem uma hora de repouso, e viveria como entre paredes, sem o frescor do ar nem o calor do sol. Sua maior satisfação era rezar no bosque. Sozinho ali com seu Deus, contemplava suas grandezas e servia-se de tudo, até mesmo do canto das aves, para elevar-se até Ele”.
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Francis TROCHU. El Cura de Ars, 9ª ed., Madri: Palabra, 1996.

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