"A
desordem de nosso tempo consiste em tender para o amálgama, para o informe,
para a massa, para a sociedade sem classe, para um mundo sem limites, para uma
vida sem regras, para uma humanidade sem discriminações. Ao contrário disto, a
sociedade que desejamos construir é uma sociedade ricamente diferenciada, e
nitidamente hierarquizada. Só é possível pintar um belo quadro porque o
vermelho é diferente do azul; só é possível tocar uma bela música porque há
certa consonância nos acordes de quinta e certa dissonância nos acordes de
sétima. E só é possível uma bela e boa sociedade de homens se as diferenças de
natureza forem levadas até suas últimas consequências: quando se admitir, por
exemplo, no unânime consenso que a mulher e o homem são diferentes".
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Gustavo CORÇÃO.
As Fronteiras da Técnica, Rio de Janeiro: Agir, 1955.
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