quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

À VIRGEM DA PENNA

Jonathas Serrano (1888-1944)

Tu, que o Verbo trouxeste no teu seio,
E a tua carne humana à obra divina
Ofertaste, ó Beleza Peregrina,
Eva de quem o Novo Adão proveio:

Virgem da Penna, vê com que receio
Se atreve a humana pena, por mais fina
E rara, a celebrar-te a matutina
Graça, da qual o Sol do Amor nos veio.

Mãe do Divino Verbo, ao verbo humano
Da força, encanto e luz. Virgem da Penna,
Faz que a pena em nossas mãos mesquinhas
Seja a tuba da Fé, que ao Soberano
Do Céu leve o clamor da grei terrena,
Celebrando a Rainha das Rainhas.
***** 

*Soneto publicado na Revista A União, Ano VII, n. 33, de 10 de setembro de 1916, p. 2.


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