Jonathas
Serrano (1888-1944)
Tu,
que o Verbo trouxeste no teu seio,
E
a tua carne humana à obra divina
Ofertaste,
ó Beleza Peregrina,
Eva
de quem o Novo Adão proveio:
Virgem
da Penna, vê com que receio
Se
atreve a humana pena, por mais fina
E
rara, a celebrar-te a matutina
Graça,
da qual o Sol do Amor nos veio.
Mãe
do Divino Verbo, ao verbo humano
Da
força, encanto e luz. Virgem da Penna,
Faz
que a pena em nossas mãos mesquinhas
Seja
a tuba da Fé, que ao Soberano
Do
Céu leve o clamor da grei terrena,
Celebrando
a Rainha das Rainhas.
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*Soneto
publicado na Revista A União, Ano VII, n. 33, de 10 de setembro de 1916, p. 2.
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