terça-feira, 2 de outubro de 2018

SANTA TERESINHA ENSINA-NOS A GRANDEZA DO COTIDIANO


“Uma criança cresce no meio dos seus brinquedos, entre bonecas e bugigangas. É uma criança gentil, porém, como todas as outras, coração cheio de felicidade comunicativa. Desde cedo tem uma vontade constante de repartir essa felicidade com os outros. Seu coração se enaltece com os sacrifícios, se enriquece de virtudes heroicas. Porque? Não há resposta, senão esta: porque Deus é bom, porque o homem tem uma finalidade elevada e porque cada dia é um novo prodígio de luz e de misericórdia.
O poeta brasileiro compreendeu esse segredo divino. Transmitindo a sua alegria à nossa alma, sua voz jubilosa nos dá uma profunda prova da universalidade da comunhão no êxtase, que é a comunhão dos santos. Lutas, sofrimentos e vitória da Igreja, que é isso senão a felicidade em preparo, a posse de amanhã?
Uma criança achou o máximo dessa felicidade, o máximo que é dado a uma criatura humana alcançar neste mundo, uma criança fraca e tuberculosa, sem êxtases extraordinários, sem vícios nem excepcionais penitencias. Ela conseguiu descobrir o segredo do sublime cotidiano.
Nada de glórias, de honras ou de genialidade; Santa Teresinha procurava só a felicidade das obrigações simples, dos sacrifícios simples, do espirito de infância.
Santa Teresinha ensina-nos a grandeza do cotidiano”.
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Trecho do artigo do poeta católico holandês ANTON VAN DUINKERKEN, publicado em 8 de janeiro de 1938, a propósito do aparecimento da tradução francesa do ensaio do diplomata e grande poeta RIBEIRO COUTO (12.03.1898 — 30.05.1963) sobre SANTA TERESINHA.


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