quinta-feira, 18 de outubro de 2018

O PAPEL DA MÃE NO LAR E NA FORMAÇÃO DOS FILHOS


“O futuro de um filho é obra da mãe” (Napoleão)

“Feliz o homem a quem Deus deu uma Santa Mãe!”, disse Lamartine. Apesar dos desvios de sua imaginação, Lamartine conservou sempre a lembrança da educação cristã que lhe deu sua mãe. Como disse Joseph de Maistre: “Se a mãe tomou como um dever imprimir na fronte de seu filho o caráter divino, pode-se estar praticamente seguro de que as garras do vício nunca o apagará inteiramente”.
“Quantas outras mães imprimiram profundamente na alma dos filhos o respeito, o culto, a adoração de Deus, de Quem elas eram para eles, pela pureza de vida, a imagem viva!
Como mãe, a mulher cristã santifica o homem-filho; como filha, ela edifica o homem-pai; como irmã, ela aperfeiçoa o homem-irmão; como esposa ela santifica o homem-esposo”.

A “raiz” da santificação

“Eu quero fazer de meu filho um Santo”, dizia a mãe de Santo Atanásio.
Graças mil vezes, meu Deus, por haver-nos dado por mãe uma Santa”, exclamaram por ocasião da morte de Santa Emília seus dois filhos, São Basílio e São Gregório Nazianzeno.
“Quem nos deu um São Bernardo e o fez tão puro, tão forte, tão abrasado de amor por Deus? Sua mãe, Aleth.
Mais próximo de nós, Napoleão disse: “O futuro de uma criação é obra de sua mãe”.
Pasteur afirmou: “Oh, meu pai e minha mãe, que vivestes tão modestamente, é a vós que eu tudo devo! Teus entusiasmos, minha valorosa mãe, tu me transmitiste. Se eu associei a grandeza da ciência à grandeza da pátria, é porque eu estava impregnado dos sentimentos que me havias inspirado”.
Alguns que o felicitavam por ter o gosto da piedade, o Santo Cura d’Ars disse: “Depois de deus, isto se deve à obra de minha mãe”.
“Quase todos os santos fizeram remontar as origens de sua santidade à sua própria mãe”.

A “raiz” de grandes personalidades

“É sobre os joelhos da mãe – disse Joseph de Maistre – que se forma o que há de mais excelente no mundo”.
“Ela é no lar essa chama resplandecente de que fala o Evangelho, distribuindo sobre todos a luz da Fé e o ardor da caridade divina. A ela incumbe vivificar na família a ideia da soberania de Deus, nosso primeiro princípio e nosso último fim, o amor e o reconhecimento de que devemos ter por sua infinita bondade, o temor de sua justiça, o espirito de religião que nos une a Ele, a lei dos castos costumes, a honestidade nos atos e a sinceridade das palavras, a dedicação e ajuda mútua, o trabalho e a temperança”.

.... e de homens de qualquer condição social

“Na família assalariada – disse Augustin Cochin – a figura dominante é a da mãe. Tudo depende de sua virtude e acaba por modelar-se de acordo com ela. Ao marido compete o trabalho e as provisões do lar, e à mulher os cuidados e a direção interna. O marido recebe, a mulher reserva. O marido alimenta seus filhos, a mulher os educa. O marido é o chefe da família, a mulher é seu elo de união com ela. O marido é a honra do lar, a mulher sua benção”.

Mãe Católica: “raiz” do heroísmo

“O Visconde de Maumigny escreveu: “Devemos a nossas mães e irmãs o fundo de honra e de devota e cavalheiresca dedicação que é a vida de França. Nós lhes devemos a Fé católica. Discípulas da Rainha dos Apóstolos e dos Mártires, as mães fizeram passar seus corações aos corações dos filhos...”.
“Maria Santíssima, o modelo das mães, lhe ensinou como se sacrifica um filho único a Deus e à Igreja. Ao ouvir as narrações dessas emulações sublimes (este texto foi redigido em 1862, quando os Zuavos Pontifícios derramavam seu sangue para defender a Santa Sé), Pio IX comentava: “Não! A França que produziu tais santas não perecerá jamais”!
A primeira vez que a heroica viúva de Pimodan [Georges de Pimodan, 1822-1870] viu o Papa, não lhe disse: “Oh, Santo Padre, devolvas meu marido!”, mas sim: “Oh, dizei que ele está no Céu”! E quando Pio IX respondeu: “Não reo mais por ele”, ela não perguntou nada mais, pois entendeu que era viúva de um mártir, e isto bastava.
“Em Castelfidardo os Zuavos Pontifícios combatiam sob os olhos de suas mães, presentes em seu pensamento e entre as paredes do santuário onde a Rainha dos Mártires engendrou ao Rei dos Mártires. Todos, enquanto marchavam contra o inimigo, repetiam esta frase de um deles: “Minha alma a Deus, meu coração à minha mãe, meu corpo a Loreto”.
À mãe deles, a Maria Santíssima, que a todos inspirava, reverte a honra da batalha. Como outrora os Cruzados, e mais tarde os Vandeanos, foi sobre os joelhos das mães que eles aprenderam a morrer por Deus, pela Igreja e pela Pátria”.
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Mons. Henri DELASSUS (1836-1921). L’Esprit Familial dans la Maison, dans la Cité et dans l’État, Société Saint-Augustin.


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