“O futuro de um filho é obra da mãe” (Napoleão)
“Feliz o homem a quem Deus deu uma Santa Mãe!”, disse Lamartine. Apesar
dos desvios de sua imaginação, Lamartine conservou sempre a lembrança da educação
cristã que lhe deu sua mãe. Como disse Joseph de Maistre: “Se a mãe tomou como
um dever imprimir na fronte de seu filho o caráter divino, pode-se estar praticamente seguro de que as garras do vício nunca o apagará inteiramente”.
“Quantas outras mães imprimiram profundamente na alma dos filhos o
respeito, o culto, a adoração de Deus, de Quem elas eram para eles, pela pureza
de vida, a imagem viva!
Como mãe, a mulher cristã santifica o homem-filho; como filha, ela
edifica o homem-pai; como irmã, ela aperfeiçoa o homem-irmão; como esposa ela
santifica o homem-esposo”.
A “raiz” da santificação
“Eu quero fazer de meu filho um Santo”, dizia a mãe de Santo Atanásio.
Graças mil vezes, meu Deus, por haver-nos dado por mãe uma Santa”,
exclamaram por ocasião da morte de Santa Emília seus dois filhos, São Basílio e
São Gregório Nazianzeno.
“Quem nos deu um São Bernardo e o fez tão puro, tão forte, tão abrasado
de amor por Deus? Sua mãe, Aleth.
Mais próximo de nós, Napoleão disse: “O futuro de uma criação é obra de
sua mãe”.
Pasteur afirmou: “Oh, meu pai e minha mãe, que vivestes tão modestamente,
é a vós que eu tudo devo! Teus entusiasmos, minha valorosa mãe, tu me
transmitiste. Se eu associei a grandeza da ciência à grandeza da pátria, é
porque eu estava impregnado dos sentimentos que me havias inspirado”.
Alguns que o felicitavam por ter o gosto da piedade, o Santo Cura d’Ars
disse: “Depois de deus, isto se deve à obra de minha mãe”.
“Quase todos os santos fizeram remontar as origens de sua santidade à sua
própria mãe”.
A “raiz” de grandes
personalidades
“É sobre os joelhos da mãe – disse Joseph de Maistre – que se forma o que
há de mais excelente no mundo”.
“Ela é no lar essa chama resplandecente de que fala o Evangelho,
distribuindo sobre todos a luz da Fé e o ardor da caridade divina. A ela
incumbe vivificar na família a ideia da soberania de Deus, nosso primeiro princípio
e nosso último fim, o amor e o reconhecimento de que devemos ter por sua
infinita bondade, o temor de sua justiça, o espirito de religião que nos une a
Ele, a lei dos castos costumes, a honestidade nos atos e a sinceridade das
palavras, a dedicação e ajuda mútua, o trabalho e a temperança”.
.... e de homens de qualquer condição
social
“Na família assalariada – disse Augustin Cochin – a figura dominante é a
da mãe. Tudo depende de sua virtude e acaba por modelar-se de acordo com ela. Ao
marido compete o trabalho e as provisões do lar, e à mulher os cuidados e a
direção interna. O marido recebe, a mulher reserva. O marido alimenta seus
filhos, a mulher os educa. O marido é o chefe da família, a mulher é seu elo de
união com ela. O marido é a honra do lar, a mulher sua benção”.
Mãe Católica: “raiz” do heroísmo
“O Visconde de Maumigny escreveu: “Devemos a nossas mães e irmãs o fundo
de honra e de devota e cavalheiresca dedicação que é a vida de França. Nós lhes
devemos a Fé católica. Discípulas da Rainha dos Apóstolos e dos Mártires, as
mães fizeram passar seus corações aos corações dos filhos...”.
“Maria Santíssima, o modelo das mães, lhe ensinou como se sacrifica um
filho único a Deus e à Igreja. Ao ouvir as narrações dessas emulações sublimes
(este texto foi redigido em 1862, quando os Zuavos Pontifícios derramavam seu
sangue para defender a Santa Sé), Pio IX comentava: “Não! A França que produziu
tais santas não perecerá jamais”!
A primeira vez que a heroica viúva de Pimodan [Georges de Pimodan, 1822-1870] viu o Papa, não lhe disse: “Oh, Santo
Padre, devolvas meu marido!”, mas sim: “Oh, dizei que ele está no Céu”! E
quando Pio IX respondeu: “Não reo mais por ele”, ela não perguntou nada mais,
pois entendeu que era viúva de um mártir, e isto bastava.
“Em
Castelfidardo os Zuavos Pontifícios combatiam sob os olhos de suas mães,
presentes em seu pensamento e entre as paredes do santuário onde a Rainha dos Mártires
engendrou ao Rei dos Mártires. Todos, enquanto marchavam contra o inimigo,
repetiam esta frase de um deles: “Minha alma a Deus, meu coração à minha mãe,
meu corpo a Loreto”.
À mãe
deles, a Maria Santíssima, que a todos inspirava, reverte a honra da batalha.
Como outrora os Cruzados, e mais tarde os Vandeanos, foi sobre os joelhos das
mães que eles aprenderam a morrer por Deus, pela Igreja e pela Pátria”.
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Mons. Henri DELASSUS (1836-1921). L’Esprit Familial dans la Maison, dans la
Cité et dans l’État, Société Saint-Augustin.
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