"Assim como a concepção católica da
vida é essencialmente pedagógica, a pedagogia católica é essencialmente
concepção de vida, isto é, não um domínio técnico, metódico e prático, sem
alma, mas um domínio de princípios, de ideias, de ideais, de valores e de
verdades de vida, um domínio de problemas profundamente humanos e de interesses
altamente sagrados. A educação, aqui, não é uma simples adaptação ao meio, à
cultura, à comunidade, a o povo ou ao Estado; não é um simples estudo do que se
ignora; não é um simples treino para um ganha-pão, um desenvolvimento físico,
uma formação de inteligência ou da vontade; não é um simples afinamento
exterior. A educação, aqui, se dirige ao núcleo interior, visa a transformação interior
do homem, sua iniciação na verdade total, sua incorporação na comunidade da
Igreja, sua compreensão da verdadeira hierarquia dos valores da vida, sua
cultura interior, sua salvação, sua adesão a Deus. A criança é nimbada com a
aureola do exemplo: ‘se nãos vos tornardes como crianças, não entrareis no
reino de Deus’. As almas de elite se consagram à obra educativa; educar
torna-se uma tarefa ético-religiosa, onde são utilizados os maiores bens do
mundo: a alma da criança, a Eternidade, a Verdade cristã, a Igreja de Deus”.
Fr. De Hovre, citado por Theobaldo
Miranda dos Santos. Noções de Sociologia Educacional, São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1962, p. 82.
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