Murilo Mendes (1901-1975)*
Quanta força perdida! Quantos gestos inúteis! Não podemos acrescentar ou diminuir um centímetro ao nosso corpo. Quase não podemos caminhar nas almas. Diante de nós se estende a amplidão do deserto.
Deus! Deus! O nosso Deus é um Deus
escondido. Somente o Crucificado consegue de repente nos fazer crer na
existência. Fora do Crucificado só há fantasmas.
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*Publicado na
revista "Vida", n. 24, 1936, p. 5.
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