sábado, 17 de março de 2018

PEDAGOGIA DA VIRTUDE


Frente à Pedagogia da mediocridade e do ecletismo, frente à proposta de um self-made man sem outro compromisso senão com a ausência de compromisso, frente à moral autônoma, frente aos pensamentos moveis e à anormalidade homologada como normal, frente a todas as formas de imanentismo, reducionismo e massificação, frente à destruição da vida contemplativa com as maquinas de ensinar e os programas de controle remoto, frente – em suma – à Pedagogia Moderna, é necessário, urgente, impostergável, reconquistar a Pedagogia dos Arquétipos.
Tudo já foi provado; resta provar a Verdade.
Um ensino fundamentado no senhorio sobre si mesmo – que não é outra coisa que a verdadeira liberdade -, na renúncia e na obediência, na concepção da vida como um ato de serviço; um ensino baseado nos mais elevados valores especulativos e nas mais licitas preocupações concretas.
Pedagogia do homem essencial, portador de um destino transcendente; Pedagogia da virtude e do Patriotismo; da Ordem Natural e do realismo; Pedagogia da Cruz e não da foice e do martelo...
A resposta adequada deve partir de uma atitude metafísica. Não basta resolver problemas conjunturais por importantes que pareçam. Mas, ademais -  e isto é decisivo -, esse movimento da alma para o Exemplar que suscitam os Arquétipos, não só incide no próprio aperfeiçoamento pessoal e social mas tem seu desenlace obrigatório, sua coroação, diríamos, no conhecimento e imitação do Arquétipo por antonomásia, a Causa Exemplar, Modelo e Modelador, guia e matriz de tudo o que existe: Deus.
*****
Antonio CAPONNETTO. Pedagogía y educación: la crisis de la contemplación en la Escuela Moderna. Colección Ensayos Doctrinarios. Buenos Aires: Cruz y Fierro Editores, 1981, pp. 256-257.


Nenhum comentário:

Postar um comentário