Ele
era da raça dos que suportam
Todo
o peso da vida,
Era
da dos que não se queixam
Dos
que sorriem diante do destino adverso.
Viveu
em silêncio grandes horas amargas
E
ninguém conheceu as devastações,
O
efeito dos golpes que lhe foram vibrados.
As
sua ruínas, os seus deuses mutilados,
Os
túmulos que estavam nele
Ninguém
desvendou,
Tudo
ficou escondido,
Tudo
ficou defendido
Pela
sua máscara tranquila.
No
entanto ninguém amou
Mais
profundamente do que ele amou,
E
ninguém terá recolhido maior melancolia
E
maior incompreensão
Do
amor.
Ninguém
desejou mais a companhia dos seus semelhantes,
Ninguém
teve mais necessidade do calor amigo,
Do
apoio, do aplauso, da solidariedade humana.
No
entanto - sua vida se consumiu na solidão, no desamparo e na indiferença.
A
amargura não fermentou sua alma,
O
ressentimento não dominou jamais sua visão simples das coisas,
Ele
era da raça dos heróis obscuros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário