“Nossa
palavra Escola - Sjolé em grego, schola em latim - não significa outra
coisa senão ócio, e este, como vimos, não tem a ver com as pausas laborais, com
as folgas ou as horas livres entre uma tarefa e outra. É a atitude da alma pela
qual a alma vê, eleva-se e reencontra-se com a Ordem Criada. A atitude superior
e personalíssima que para além dos afazeres diários nos revela a harmonia da
existência, às vezes silenciosa, mas sempre presente onipotência de Deus.
Com efeito, a
Escola possui, por natureza, um significado cultual, religioso e até sacro. É
por eminencia o lugar reservado à contemplação, ao cuidado da vida interior e à
elevação da inteligência. O lugar onde se cultiva e preserva o divino que
habita em cada criatura, a imagem e semelhança do Criador. Na Escola é onde o
homem se religa com Deus buscando a Sabedoria, e encontra no Mestre o exemplo
de um lento e repousado exercício das potencias da alma”.
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Antonio
Caponnetto. Pedagogía y Educación: la
crisis de la contemplación en la Escuela Moderna, Colección Ensayos
Doctrinarios, Buenos Aires: Cruz y Fierro Editores, 1981, pp. 16-17.
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